O passaporte electrónico português (PEP), que «comemora» no domingo cinco anos, vai passar a registar as impressões digitais de todos os dedos das duas mãos do titular e não apenas dos indicadores.O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse que os equipamentos necessários ao registo das dez impressões digitais simultaneamente já estão preparados, mas só entrarão em funcionamento a partir de 11 de Outubro, começando pelos postos consulares portugueses no Médio Oriente e Magreb.
A decisão pretende dificultar ainda mais a falsificação dos passaportes, tanto mais que, segundo o governante já haverá casos - de que disse não ter confirmação nem dados precisos – de PEP contrafeitos.
«Vai havendo uma evolução constante» para aumentar os níveis de segurança do documento, salientou.
O modelo electrónico de passaporte, cujo primeiro exemplar foi entregue ao Presidente da República e vigora desde 28 de Agosto de 2006, tornou desnecessária a anterior obtenção de visto para países que o exigem, que passou a ser feito com o preenchimento de um formulário na Internet.
Ao contrário, a sua emissão passou a ser mais lenta, já que anteriormente os documentos eram emitidos no próprio dia no serviço em que eram solicitados e desde há cinco anos passaram a ser exclusivamente criados em Lisboa e o prazo mínimo de entrega passou para o dia seguinte ao pedido.
O PEP, «na perspectiva do cidadão, não lhe veio facilitar a vida. Veio sim tornar a viagem mais segura e, nalguns casos mais rápida, como os casos das deslocações para os Estados Unidos e Reino Unido”, ao dispensar o tradicional visto, considerou o governante.
Actualmente, a totalidade dos 133 postos da rede consular portuguesa têm equipamento de recolha de dados para o PEP, posteriormente remetidos para a capital portuguesa, onde são emitidos, afirmou José Cesário.
Desde que foi adoptado o novo sistema foram emitidos 1.780.300 PEP, segundo dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Deste total, ao final de Março passado, 418.658 foram solicitados através da rede consular no estrangeiro, segundo o secretário de Estado das Comunidades.
A adopção do PEP em Portugal teve um custo de dez milhões de euros. O custo de emissão no prazo normal é de 65 euros, bastando ao requerente apresentar-se apenas com o bilhete de identidade ou passaporte antigo, já que o resto dos dados, incluindo fotografias, será obtido no local pelos equipamentos electrónicos.
Posted by Tony
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